sexta-feira, 13 de julho de 2012

MML em São Luis avança para sua construção



Neste último dia 12 o Movimento Mulheres em Luta-MML realizou, no Sindicato dos Bancários do Maranhão, uma plenária que contou com a participação de mulheres estudantes, professoras, bancárias e funcionárias públicas. Foi feito uma apresentação do Movimento, colocando a importância da organização das mulheres trabalhadoras e a necessidade de atuarmos nos sindicatos, entidades e comunidades. Tivemos um panfleto específico para o espaço, apresentando alguns temas do nosso programa, visando apresentar para as companheiras o MML e suas principais campanhas.

 Logo após avançamos para a discussão sobre a Executiva Estadual do MML e sua composição. Foram encaminhados a construção de espaços que facilite a comunicação entre as integrantes do movimento e a construção de atividades em torno do dia 25 de julho - Dia da mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Fizemos ainda uma discussão sobre a campanha por Creches e a necessidade de discussão da cartilha da campanha nas entidades e espaços de construção do movimento.
Entendemos que foi dado passo importante para a construção do MML em São Luis e reforçamos o chamado para que mais mulheres venham construir e fortalecer essa alternativa. Venha ser uma mulher em luta! 

domingo, 27 de maio de 2012

Marcha das Vadias reune 500 pessoas em São Luis



A Marcha das Vadias, que aconteceu em sua 1ª edição em São Luis neste 26 de maio, reuniu cerca de 500 pessoas na Avenida Litorânea. A concentração se iniciou a partir das 13h, e por volta das 15h00 os manifestantes saíram pela avenida. A Marcha teve origem no Canadá em protesto à fala de um policial que orientou as jovens a não usarem roupas de ‘vadias’ para evitar serem estupradas. Desde então em vários países as mulheres se mobilizaram contra a responsabilização da mulher pela própria violência que sofre. 
 Por conta dessa realidade várias estudantes, trabalhadoras, entidades e movimentos organizados participaram da Marcha. Em vários cartazes e faixas, expressaram a luta contra o machismo, a homofobia, e o racismo. A luta por creches e contra a descriminzalização do aborto e saúde de qualidade, também foram lembradas durante o ato.

Quando se tem a primeira presidente mulher no país e uma mulher no governo do Estado é necessário que se faça uma avaliação das políticas do governo no que diz respeito às mulheres. Hoje 70% da população que vive com um salário mínimo no Brasil são mulheres. A Presidente Dilma Rousseff afirmou que iria combater a violência contra mulher, fortalecendo a Lei Maria da Penha e que os mecanismos de proteção à mulher seriam prioridade em seu governo. Os cortes orçamentários nas verbas para a Secretaria de Políticas para as Mulheres demonstram o contrário. Roseana Sarney não trata com dignidade a situação da mulher maranhense. É por isso que afirmamos que as mulheres tem opção. A opção da luta!
Vários grupos culturais femininos, como AFROS, NAFEM, a Dj Nega Glicia entre outras, apoiaram e se apresentaram durante a marcha, demonstrando uma arte de combate ao machismo e feita por mulheres. Entidadades como a CSP Conlutas, Quilombo Raça e Classe, ANEL, Movimento os Lirios não nascem das leis, grupos de pesquisa sobre gênero, entidades estudantis e sindicais participaram da marcha com suas intervenções e palavras de órdem.


Nós do 'Movimento Mulheres em Luta' estivemos presente na construção da marcha expressando nosso programa e nos colocamos a disposição para a construção de mais espaços como esses. Para além da Marcha, que já foi um marco importante, fazemos aqui um chamado para as mulheres que estiveram na construção dessa manifestação e em toda a marcha, que venham conhecer o Movimento Mulheres em Luta e fortalecer conosco a luta diária contra o machismo e a exploração capitalista.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

TODO APOIO À I MARCHA DAS VADIAS EM SÃO LUIS


CONTRA O MACHISMO, A VIOLÊNCIA E TODA FORMA DE OPRESSÃO

"Não, não irei sem grito. Minha voz nesse dia subirá. E eu me erguerei também.
Dispensarei as rosas, as violetas, os absurdos véus sobre meu rosto. Serei eu mesma.
Não. Não irei sem grito”.
Lila Ripo

A Marcha das Vadias  iniciou-se em abril de 2011 em Toronto no Canadá e desde então se tornou um movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o mundo.  Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto. Dai então o policial Michael Sanguinetti fez uma observação para que "as mulheres evitassem se vestirem como vadias, para não serem vítimas". Por isso o nome ‘Marcha das Vadias”, como forma de combater o machismo e à violência contra a mulher.
Nós do MML e da ANEL, que construímos a CSP Conlutas, apoiamos e construímos a Marcha, e saudamos as mulheres que começaram e também as que estão levando adiante esta luta pelo direito de ser livre, pela liberdade de escolha e pelo respeito, contra a opressão.
A violência contra mulher segue com índices alarmantes. A cada 12 segundos uma mulher sofre algum tipo de violência e a cada duas horas morre ao menos uma mulher no Brasil. No Maranhão Mais de 25% das mulheres violentadas são mortas de forma brutal, fruto de ciúmes ou não aceitação do fim do relacionamento, por seus parceiros. Quando se tem uma mulher governando o Estado e a primeira presidente mulher no país é necessário que se faça uma avaliação das políticas do governo no que diz respeito às mulheres. A Lei Maria da Penha é um grande avanço, no entanto o que vimos foram cortes sucessivos para as secretarias de combate à violência contra a mulher. Exigimos que Dilma governe para as mulheres trabalhadoras que tanto criaram expectativas em seu governo e que tenhamos políticas públicas que de fato atendam com investimento às nossas necessidades.
Hoje 70% da população que vive com um salário mínimo no Brasil são mulheres e mesmo assim enquanto Dilma aumentou seu próprio salário mais de 46%, para os trabalhadores e trabalhadoras o aumento foi irrisório. Além do corte de 55 bilhões no orçamento público federal que afetou centralmente as secretarias de educação, saúde e assistência, todas com influência direta na vida das mulheres jovens e trabalhadoras brasileiras. Esses são fatos da realidade que não podem ser deixados de lado.
Por isso exigimos:
- Fim da Violência contra a mulher! Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha! Punição dos Agressores, construção de casas-abrigo!
- Anticoncepcionais para não abortar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer! Por Autonomia sobre o próprio corpo!

domingo, 20 de maio de 2012

Lançamento da Cartilha de Creches do Movimento Mulheres em Luta no Residencial Eugênio Pereira


Moradores e moradoras aprovam plano de lutas para os próximos dias. 

Ocorreu neste último dia 19 de maio, no Residencial Eugênio Pereira, o Lançamento da Cartilha de Creches do Movimento Mulheres em Luta(MML). A atividade contou com a participação de 45 pessoas, sendo a ampla maioria de mulheres. Entre os participantes, estavam presentes Saulo Arcangeli da Executiva Nacional da CSP Conlutas, representantes da ANEL, Cáritas e CPT. Na atividade organizamos uma Creche para as crianças do residencial.
Na primeira parte do Encontro, Saulo Arcangeli realizou um diálogo  sobre conjuntura nacional, e a luta por moradia no Brasil. Em seguida Lourdimar Silva, falou pelo  Movimento Mulheres em Luta (MML)  no Maranhão, apresentando a Campanha por Creches do MML e um pouco da realidade sobre a educação infantil no Maranhão.
Dados de 2011 revelam que ao lado de Minas Gerais e Rio Grande do Sul o Maranhão é um dos estados com menor oferta de creches do país. Em São Luis existem 258 creches, sendo que 200 delas são particulares, comunitárias e filantrópicas. Ou seja, a grande minoria delas foi criada pelo município.  É uma realidade que afeta o direito de milhares de crianças e mulheres. A falta de creches hoje é uma das principais causa de abandono de emprego por mulheres, pois as mães não têm onde deixar seus filhos, sendo que quase sempre essa responsabilidade recai sempre sobre elas.
As mulheres do residencial colocaram suas experiencias e reforçaram a necessidade de inserir a luta por Creches nas pautas de reivindicações da comunidade. Alem disso foi discutido sobre as condições em que se encontra a comunidade e a falta de estrutura mínima para sobrevivência dos moradores

O Residencial Eugêno Pereira é uma ocupação urbana que já existe há 6 anos e já resistiu a 3 despejos. Os moradores e moradoras do residencial são exemplos de luta e resistencia contra os despejos forçados na região. As mulheres são maioria na comunidade e linha de frente das lutas por moradia. A atividade representou mais um avanço importante no debate sobre a organização das mulheres trabalhadoras.  “Tudo que veio para o bem da comunidade é uma conquista do povo, por isso devemos continuar na luta,” fala de Dona Francisca, moradora do residencial. Ao final da atividade as moradoras e moradores aprovaram um plano de lutas para as próximas semanas.
Nós do Movimento Mulheres em Luta entendemos que o direito à moradia afeta diretamente os direitos das mulheres trabalhadoras, pois elas são as que mais sofre com a falta de moradia. É necessário que se organizem, junto com os homens, na exigencia para regularização de suas terras e garantia de condições dignas de moradia.
Segue calendário de atividades dos próximos dias:
26/05 – Oficina de Cartazes e Faixas sobre as revindicações do movimento.
29/05 – Ato em defesa por moradia, em Frente à Prefeitura de Paço do Lumiar
02/06 – Oficina sobre a Cartilha de Creches do MML.