sábado, 30 de novembro de 2013

Nota do MML Maranhão: Apoio à Greve de Fome por Assistência Estudantil

Na Universidade Federal do Maranhão imperam o autoritarismo e a desassistência aos estudantes, que têm de se acostumar com o desrespeito que com que a Administração Superior da UFMA os trata. São vários projetos que nunca saíram do papel, mas que estão constando no mapa da Universidade que vem na agenda entregue aos calouros a cada novo semestre. São projetos como a Creche Universitária, prédios de Pós-Graduação, ampliação do Restaurante Universitário e construção de R.U.’s nos Centros de ensino, e a desejada Residência Estudantil no Campus do Bacanga.
E foi por conta destes últimos que tem acontecido na UFMA um protesto pela entrega da casa estudantil no campus e a gratuidade das refeições no R.U. Desde o dia 26 de novembro os estudantes residentes da Casa dos Estudantes têm feito protestos em frente ao que seria sua nova residência no campus, porém a finalidade do prédio foi desviada, tornando-se o prédio da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil.



Muitos estudantes dos mais diversos cursos têm apoiado o protesto e um deles, o Josemiro Ferreira, se acorrentou nas grades do prédio e tem feito greve de fome desde o dia 26 de Novembro, como forma de chamar a atenção do Reitor Natalino Salgado para a condição que todos os estudantes tem passado. 

Atualmente existem 3 Residências Estudantis no Centro, sendo 2 para homens e 1 para mulheres, porém essas residências se encontram com uma infraestrutura precária, onde não oferecem segurança e os estudantes ainda tem gastos com o transporte. A residência estudantil não atende nem a metade de estudantes que vem do interior e de outras cidades do Brasil (atualmente não atendem nem 80 estudantes), e muitos acabam largando o curso por não terem onde morar, nem condições econômicas suficientes para pagar uma kitnet, por exemplo.

E os problemas não param. Muitas estudantes que são mães ou estão grávidas são desassistidas porque na Universidade não há uma creche estudantil para deixarem seus filhos e poderem assistir suas aulas com tranquilidade. Até mesmo o corpo docente e demais funcionários da Universidade precisam desse instrumento tão importante. A creche estudantil é uma pauta tão prioritária quanto qualquer outra e também é motivo de nosso protesto, pois as Universidades Federais recebem incentivos do Governo para implementá-las, porém ainda assim, na UFMA o projeto não saiu do papel.

Por isso, o Movimento Mulheres em Luta (MML) vem apoiar o que consideramos um protesto legítimo do corpo estudantil, pois sabemos da necessidade de assistência estudantil de verdade. As mulheres são mais da metade do corpo acadêmico da Universidade, e precisamos estar em unidade para reivindicarmos as pautas estudantis. Assistência de verdade não é caridade. E o Josemiro e todos os estudantes da UFMA são uma prova real de que ela não tem crescido com “inclusão social”.

Por Assistência Estudantil de Verdade!

#SomosTodosJosemiro

terça-feira, 26 de novembro de 2013

MML Maranhão lança Campanha de combate à violência contra a mulher.

O Movimento Mulheres em Luta no Maranhão lança Campanha de combate à violência contra a mulher, nesta segunda-feira 25 de novembro, com exposições sobre os casos de violência, panfletagens, intervenções e roda de diálogos. O lançamento foi realizado simultaneamente em todo o País nesta mesma data, que é o dia Latino e Caribenho de luta contra a violência à mulher. A campanha acontece como encaminhamento do I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, que ocorreu de 04 a 06 de outubro em Sarzedo-MG. Durante o Lançamento contamos com a presença de diversas entidades que se colocaram para a construção da Campanha, e saudaram o lançamento. Estiveram presentes o SINASEFE, ANEL, DCE UFMA, Quilombo Raça e Classe, GERAMUS, Marcha das Vadias.

A situação de violência sofrida pela mulher já se tornou uma pandemia no mundo, como afirma a própria ONU. Em 30 anos, mais de 90 mil mulheres foram mortas, sendo que metade disso foi na última década. Em 4 anos, os casos de estupro cresceram 157%, e as principais vítimas são mulheres trabalhadoras. Enquanto isso, sem política efetiva em defesa das mulheres, a violência aumentou apesar da Lei Maria da Penha e a diferença de salários entre homens e mulheres voltou a crescer.

O objetivo da campanha é construir um programa e, através da luta direta, ações que exijam do governo, dos patrões e do Estado, medidas pelo fim da violência contra as trabalhadoras, em cinco níveis: violência sexual, violência doméstica, vidas nas cidades, relações de trabalho e violência do Estado.



Lutamos para que a lei Maria da Penha saia do papel, com investimentos dos governos. Queremos o fim do assédio moral e sexual, dos estupros, da desigualdade salarial. Vamos exigir o arquivamento dos projetos do Estatuto do Nascituro e da Bolsa Estupro que tramitam no Congresso.
Participe da construção da campanha, das atividades e manifestações que irão ocorrer!



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