Na
tarde do último sábado, 12, ativistas e militantes de movimentos feministas
reuniram-se para protestar contra a violência à mulher. O ato público foi
realizado no parque de proteção ambiental, Reserva do Itapiracó, onde no dia 05
de setembro uma mulher foi vítima de estupro, quando caminhava na área urbanizada do
parque. A vítima registrou Boletim de Ocorrência e a polícia realizou buscas no
local, mas não encontrou o suspeito. Há reclamações de frequentadores do parque
de que faltaria iluminação e policiamento no local.
Mas não é só na Reserva do Itapiracó
que as mulheres não podem andar tranquilamente pelas ruas. É uma realidade que
se repete em toda cidade de São Luís e em todo Brasil. Nacionalmente os dados
são alarmantes. Segundo o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo
Instituto Sangari, o número de homicídios de mulheres entre 2001 a
2011 aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período.
De acordo com o IPEA, anualmente ocorrem mais de 500 mil casos de estupros no
país. Em 2014, mais de 52.957 denúncias de violência doméstica foram
realizadas.
Apesar dos altos índices, o governo Dilma continua cortando
recursos da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que contará com R$ 109
milhões a menos esse ano para suas ações, isso equivale a 43,8% do seu orçamento.
Agora a Secretaria terá apenas R$ 140 milhões em recursos para executar suas
ações, como, por exemplo, o Programa Mulher
Viver Sem Violência, principal programa de enfrentamento à violência contra
a mulher. Isso significa que ficará ainda mais complida a construção da Casa da
Mulher Brasileira e a expansão da rede de apoio às mulheres vítimas de
violência.
Por outro lado, vêm acontecendo, desde junho de 2015, as Conferências
Municipais de Mulheres em todo o Brasil. Estas conferências devem votar planos
de ações de combate a violência à mulher e ações de promoção de mulheres, que
deveriam ser implementados pelos governos. Porém, o que observamos ao longo dos
anos é que os planos votados pelas conferências, que são instâncias
consultivas e não deliberativas, não são respeitados pelos governos.
Assim,
achamos que ações como essas deste sábado devem ser as principais formas de
atuação das mulheres para reivindicar seus direitos. As mulheres devem ocupar
as ruas, os sindicatos e os movimentos sociais para lutar contra o machismo e
exigir dos governos condições para viver uma vida sem violência e com todos os
seus direitos respeitados. Assim, chamamos à construção de uma grande manifestação
no dia 18 de setembro, em que a classe
trabalhadora começa a estabelecer uma alternativa de luta ao governo Dilma (PT)
e ao PSDB.
Viva à luta das mulheres!
Viva a luta da classe trabalhadora!
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